05 melhores distribuições Linux para empresas

Linux aumenta participação em desktops empresariais. Não faz muito tempo, a maioria das empresas e agências governamentais estavam presas no Windows como padrão para executar as suas estações de trabalho, conheça as 05 melhores distribuições Linux para empresas.

Algumas empresas fariam concessões para funcionários que insistissem em usar Macs, mas a maioria nem mesmo consideraria uma estação de trabalho Linux, embora já se tenham passado os dias em que o Linux era mais difícil de usar do que outros sistemas operacionais.

Isso está mudando, pelo menos no que diz respeito aos governos. Muitas cidades na Alemanha já estão comprometidas em usar apenas soluções de código aberto, ou seja, Linux nos desktops carregados com aplicativos de código aberto.

Munique foi a primeira, adotando um modelo totalmente de código aberto em 2006, principalmente para evitar pagar milhões à Microsoft em taxas de licenciamento, chegando a desenvolver sua própria distro Linux, chamada LiMux.

Embora um novo governo da cidade em 2017 tenha instituído planos para abandonar o LiMux para retornar ao Windows, um governo subsequente em 2020 cancelou esses planos e a política totalmente Linux está sendo revertida.

Em outros lugares da União Europeia, a Itália tem uma agenda ambiciosa para mover a TI governamental para o código aberto. Na América do Sul, a política de 13 anos do Brasil para favorecer o uso de código aberto resultou em 93% das agências de nível federal usando código aberto para conduzir seus negócios do dia a dia.

Embora não haja números concretos disponíveis, também parece que mais empresas estão adotando estações de trabalho Linux.

Em abril, a ZDNet relatou que Mark Shuttleworth, fundador e CEO da Canonical, a empresa por trás do Ubuntu, disse:

“Vimos empresas se inscrevendo para suporte a desktop Linux porque querem ter frotas de desktops Ubuntu para seus engenheiros de inteligência artificial.”

Se os departamentos de TI agora estão tendo que oferecer suporte a desktops Linux atrás de seus firewalls para equipes de Inteligência Artificial e DevOps, provavelmente não é irracional supor que alguns podem decidirem implantar o Linux em todas suas estações de trabalho.

Uma grande vantagem seria que a TI teria que suportar apenas um sistema operacional do data center ao escritório, evitando a despesas de manter licenças da Microsoft na folha de pagamento apenas para dar suporte às estações de trabalho.

Um dos problemas para planejar tal implementação é que, embora haja basicamente apenas um Windows e um Mac, na última contagem havia mais de 300 distribuições de Linux para escolher – e todas elas operam de maneira um pouco diferente. Isso vai contra o desejo da maioria das organizações de uma única distribuição para facilitar o gerenciamento.

Para empresas que já têm equipes de AI ou DevOps usando estações de trabalho Linux, essa escolha deve ser fácil: basta usar o que estão usando.

Para aqueles que ainda não usam Linux para desktop em algum lugar da organização, apresentamos uma pequena lista de distribuições Linux para consideração:

Ubuntu

Ubuntu Desktop

Embora o Ubuntu já exista a quase duas décadas, ele ainda é relativamente novo no cenário do Linux. No entanto, durante esse tempo, ele não apenas se tornou a distribuição de desktop mais conhecida, mas também o servidor Linux mais usado – principalmente porque sua edição de servidor está disponível gratuitamente na maioria das nuvens públicas.

Com base no Debian, uma das distribuições Linux mais antigas, seus desenvolvedores trabalham em estreita colaboração para produzir um sistema operacional tão sólido e versátil quanto qualquer outro, e um desktop que adiciona força e facilidade de uso à estabilidade clássica do Debian.

Isso deve tornar a versão desktop do Ubuntu uma escolha atraente para implantar como estações de trabalho Linux, especialmente para empresas que já estão implantando o Ubuntu Server em seus centros de dados ou salas de servidores.

O principal obstáculo para implantar o Ubuntu como um substituto de estação de trabalho para o Windows é que sua interface de usuário criará uma leve curva de aprendizado para usuários vindos do mundo do Windows.

Como a maioria das distros nesta lista, o Ubuntu usa a área de trabalho GNOME por padrão, que tem uma abordagem muito diferente para gerenciar fluxos de trabalho do que a interface operacional tradicional que o Windows usa. A boa notícia é que o GNOME é relativamente intuitivo e a maioria dos usuários deve descobri-lo por conta própria.

Os pacotes de suporte do Ubuntu são acessíveis, mas você deve usar hardware certificado pelo Ubuntu para se qualificar. Depois de superar esse obstáculo, no entanto, as ofertas de suporte são as melhores que você encontra.

Com o pacote “Essential” custando US$ 25 anuais, você tem acesso ao Landscape, que mantém a estação de trabalho conectada aos servidores da Canonical e permite a atualização do Livepatch sem a necessidade de reinicialização, A capacidade de gerenciar até 40.000 máquinas com uma única interface e repositórios de softwares personalizados.

Também estão incluídos os módulos criptográficos certificados FIPS 140-2 Nível 1, perfis de segurança CIS Nível 1 e 2 para estações de trabalho e acesso à base de conhecimento do Ubuntu.

As assinaturas de suporte “Standard” e “Advanced” estão disponíveis por $150 e $ 300 por ano, respectivamente. Eles adicionam à combinação suporte KVM e LXD para máquinas virtuais e contêineres, bem como suporte por telefone e tíquete.

Os usuários “padrões” podem obter suporte 24 horas por dia, 5 dias por semana, com tempo de resposta de quatro a 24 horas, dependendo do nível de gravidade. Para usuários “avançados”, o tempo de suporte aumenta para 24×7 com um tempo de resposta de 1 a 12 horas.

Prós: Grátis para baixar e usar; suporte do fornecedor disponível

Contras: a interface não tradicional pode ser uma curva de aprendizado para alguns; o suporte do fornecedor não está disponível para todas as configurações de hardware

SUSE Linux Enterprise Desktop

SUSE Linux Enterprise Desktop

O SUSE, com sede na Alemanha, é uma das distribuições Linux mais antigas, sendo mais antiga que a Red Hat em cerca de um ano. Sua oferta de desktop, SLED, é o sistema operacional irmão do SUSE Linux Enterprise Server, que é uma das três distribuições Linux mais usadas em data centers.

O SLED é fornecido com o ambiente de desktop GNOME por padrão, o que o torna uma boa opção de estação de trabalho para empresas que já implantam servidores SUSE.

Historicamente, as distribuições do SUSE eram vistas como as melhores do mercado por causa do YaST, uma ferramenta de configuração gráfica que tornava a configuração de um sistema Linux fácil em comparação com outras distros da época.

Embora o YaST continue a fazer parte das distribuições SUSE, não é exatamente o ponto de venda de antes, já que configurar estações de trabalho Linux não é mais um problema como antigamente.

Ao contrário do Ubuntu, que pode ser baixado e usado gratuitamente sem suporte, apenas usar o SUSE custará US$ 50 anuais ou US$ 135 por três anos por máquina para acesso aos binários e atualizações por meio do site da empresa.

O suporte ‘padrão’ (por $ 120 anuais ou $ 324 por três anos) inclui as atualizações do site, bem como patches, junto com suporte técnico 12×5 por web, e-mail, chat e telefone com um tempo de resposta de quatro horas.

O suporte “prioritário” (por $ 220 anuais ou $ 600 por três anos) torna o suporte técnico disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um tempo de resposta de uma hora para problemas de alta gravidade.

Prós: amplamente implantado na UE; suporte do fornecedor disponível

Contras: assinatura necessária para baixar e usar; interface não tradicional pode ser uma curva de aprendizado para alguns

Red Hat Enterprise Linux

Red Hat Enterprise Linux

Red Hat Enterprise Linux é provavelmente a marca Linux mais conhecida quando se trata de Linux para data centers. Embora a Red Hat tenha oficialmente abandonado o que era seu principal desktop voltado para o consumidor em 2003 para se concentrar no seguimento empresarial, a Red Hat continua a oferecer uma versão de desktop com suporte do RHEL usando o desktop GNOME.

Além da abundância de software de código aberto adequado e necessário para o trabalho de escritório que todas as distros Linux oferecem, o Red Hat também vem carregado com muitas ferramentas de desenvolvedor e linguagens de programação, tornando esta estação de trabalho excelente para uso por equipes de TI.

A edição Workstation da Red Hat também está constantemente sendo testada. Um porta-voz da Red Hat disse à ITPro Today, “RHEL Workstation é nosso sistema operacional padrão para todos os funcionários, técnicos ou não.”

Como as estações de trabalho Linux do SLED, as estações de trabalho Red Hat não podem ser baixadas e instaladas gratuitamente, mas requerem a compra de uma assinatura de suporte. Por US$ 179 por ano, o apropriadamente intitulado “Auto-suporte” é o mais barato.

Este não inclui nenhum suporte da Red Hat, exceto atualizações para corrigir problemas de segurança e bugs. O suporte padrão custará US$ 299 anuais para um número ilimitado de solicitações de suporte pela web ou telefone durante o horário comercial de segunda a sexta-feira.

Prós: Suporte do fornecedor disponível; mesmo código fonte usado no RHEL

Contras: assinatura necessária para baixar e usar; interface não tradicional pode ser uma curva de aprendizado para alguns

CentOS

Antes de gastar $179 para a versão autossuficiente do Red Had Workstation, você pode querer considerar o CentOS, que é basicamente um substituto gratuito para o RHEL Embora oficialmente independente, o projeto é patrocinado pela Red Hat desde 2014, com a maioria dos desenvolvedores da distribuição empregados pela Red Hat como parte da equipe de código aberto e padrões da empresa.

O CentOS é praticamente um clone do código RHEL com os direitos autorais removidos, embora os lançamentos do CentOS geralmente fiquem alguns meses atrás dos lançamentos do RHEL. Da mesma forma, os patches para corrigir bugs e problemas de segurança são distribuídos aos clientes RHEL antes de serem disponibilizados aos usuários do CentOS. Como a estação de trabalho da Red Hat, o CentOS vem com o ambiente de desktop GNOME.

O suporte técnico diretamente do CentOS não é oferecido, exceto por meio dos fóruns da comunidade online da distro, embora o suporte possa ser encontrado em fornecedores terceirizados.

Prós: Baseado no Red Hat Enterprise Linux; grátis para baixar e usar

Contras: Nenhum suporte de fornecedor disponível; interface não tradicional pode ser uma curva de aprendizado para alguns

Linux Mint

Linux Mint

Linux Mint é a única distribuição nesta lista que não tem uma versão equivalente na edição para servidores. É sólido como uma rocha, baseado no Ubuntu, e sua área de trabalho padrão, Cinnamon, foi projetada com uma aparência familiar aos usuários que migram de estações de trabalho Windows para Linux.

Também é gratuito para baixar e usar, com cada versão do Mint recebendo correções de bugs por cinco anos. Como o CentOS, esta é uma distribuição desenvolvida pela comunidade, o que significa que nenhum suporte técnico está disponível diretamente dos desenvolvedores, exceto sua base de conhecimento online e fóruns de suporte.

Ao contrário do CentOS, o Linux Mint não é afiliado a nenhuma empresa comercial Linux e depende inteiramente de doações para sobreviver – o que é algo a se considerar antes de embarcar no Mint. Embora a distribuição exista há 14 anos, parece ser bem financiada e tenha uma comunidade robusta de usuários e desenvolvedores, as distribuições da comunidade tendem a ir e vir com mais frequência do que as distribuições comerciais.

Pro: gratuito para baixar e usar; IU tradicional deve parecer familiar para os usuários do Windows

Contra: Nenhum suporte do fornecedor disponível; dependente do apoio da comunidade para a sobrevivência

Antes de tomar a decisão de mudar de estações de trabalho Windows para Linux, pode ser uma boa ideia executar uma auditoria para determinar qual software seus funcionários estão usando para realizar várias tarefas.

Hoje em dia, na maioria dos casos, seus funcionários poderão continuar usando o software que estão usando, já que softwares de escritório comumente usados ​​como Slack, Microsoft Teams, Zoom, Outlook e Microsoft Office têm uma versão que roda em Linux ou pode ser executado por meio de um navegador na nuvem.

Para software que não está disponível para estações de trabalho Linux, geralmente existem soluções fáceis. Por exemplo, o aplicativo de anotações Evernote não tem um cliente Linux oficial, mas há um aplicativo de terceiros de código aberto, Tusk, que é um cliente Evernote.

Em alguns casos, você pode ter que encontrar substitutos de código aberto para software que não está disponível para Linux. A boa notícia aqui é que a maioria dos aplicativos Linux tem uma versão do Windows, então você pode experimentar vários aplicativos substitutos com antecedência para determinar qual funcionará melhor para seus funcionários.

Rafael Santos

Formado em Sistemas de Informação, trabalha com TI desde 2001 com gerenciamento de redes e servidores para empresas além de cursos na área de tecnologia.

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